
PROJETOS
O Tamanduá
Sobre
O Tamanduá-bandeira, Myrmecophaga Tridactyla (Linnaeus 1758), é o maior tamanduá (Família Myrmercophagidae) existe e um dos maiores mamíferos do Cerrado, chegando a medir mais de 2 metros de comprimento total e pesando até 39 kg. Distribui-se nas florestas e savanas, ocorrendo originalmente em todo território brasileiro.
Sua atividade varia de noturna à dirurno-noturna. O tamanduá-bandeira possui uma capacidade limitada de construir buracos ou subir em árvores, um excelente olfato e baixa taxa metabólica, sendo relativamente lento, com visão e audição pouco desenvolvidas, permitindo uma aproximação relativamente fácil.
A espécie apresenta hábitos solitários, exceto pelas fêmeas com filhotes, que são carregados nas costas durante os seis a nove primeiros meses de vida. Seu período de gestação é longo (de 142 a 190 dias), gerando apenas um filhote por vez. O intervalo entre os nascimentos pode atingir nove meses. Os tamanduás-bandeiras não possuem dentes, sua principal defesa consiste nas grandes garras dianteiras, também usadas para abertura de formigueiros e cupinzeiros.
No Brasil, na região do Cerrado e Pantanal, há algumas áreas em que tamanduás-bandeira são comuns, com os Parques Nacionais da Serra da Canastra das Emas. Porém, em outras são muito raros e difíceis de ser observados. Essa variação pode estar relacionada a fatores biogeográficos, de interferência antrópica ou a diferenças no tipo de hábitat e disponibilidade de recursos.
Animais silvestres em ambientes rurais: estudo de caso da área de vida de Tamanduá- bandeira (Myrmecophaga Tridactyla) na região da bacia do córrego Fundo.
A Bacia do Córrego Fundo é afluente do rio Aquidauana, nasce na cuesta arenítica da Serra de Maracajú, sua margem direita está situada em área de domínio do Aquífero da Bacia Sedimentar do Paraná, denominada Aquífero Guarani. É uma região que sofre com os desequilíbrios ambientais gerados pelo não uso de técnicas conservacionistas, e por isso, se torna frágil e vulnerável à destruição das matas ciliares. Isto faz com que o córrego fundo apresente muitos problemas ambientais comuns, principalmente pela influência das propriedades rurais que não realizam suas atividades de modo sustentável, afetando assim, não só a flora como também a fauna local.
O trabalho visa avaliar o padrão de comportamento, e ou, de movimentação e circulação de tamanduá- bandeira (Myrmecophaga Tridactyla), em função dos obstáculos, como: estradas, cercas, e outros tipos de construções em propriedades rurais. Serão envolvidos nas pesquisas e entrevistados mensalmente proprietários, moradores e vigias (UEMS), sendo todos do entorno da região, com intuito de obter dados de ocorrência da espécie em sua área. Será solicitado aos mesmos, informações sobre cada avistamento do animal em sua área, registrando fotograficamente se possível, como também realizar anotações do horário e data da ocorrência, com o intuito de verificarmos se o animal encontrado supostamente será o que já fora marcado. Serão realizadas expedições à campo para a determinação da ocorrência da espécie em questão. Confirmada a ocorrência, serão feitas tentativas de captura do animal para marcação com tinta spray. Após realizada a marcação dos animais e obtendo informações dos moradores, começará o acompanhamento dos indivíduos marcados, com a finalidade de observar seu comportamento quanto os obstáculos encontrados durante seu trajeto. Espera-se com esse trabalho promover a identificação de ocorrência e distribuição, bem como a área de vida de Tamanduá- bandeira (Myrmecophaga Tridactyla) na região da bacia do córrego fundo. Associando ao envolvimento da comunidade local na pesquisa, visando à colaboração dos mesmos e em contrapartida promover a tomada de conscientização dos mesmos sobre os impactos que as áreas rurais possuem sobre a área vida desses indivíduos.
Ajude-nos com o monitoramento do Tamanduá Bandeira!
Olá pessoal, o Gemap pede a colaboração de vocês para um dos projetos de nossos bolsistas. Esse projeto visa a identificação da área de vida de Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga Tridactyla) em propriedades rurais na área da Bacia do Córrego Fundo, com intuito de avaliar as possíveis influências sobre a mesma, em função das propriedades agrícolas.
Dois indivíduos já foram marcados, com tinta branca e verde (atóxica) na região do rabo como mostram as fotos abaixo, sendo assim, saberemos se o indivíduo que circula pela UEMS ou pela região é o mesmo, se existem outros e qual a rota feita por este animal.
Para que assim, possamos conhecer um padrão de comportamento, e ou, de movimentação e circulação de tamaduá-bandeira, em função dos obstáculos como: estradas, cercas (principalmente elétricas), e outros tipos de construções em propriedades rurais, que poderá possibilitar propor modelos de manejo que viabilizem a convivência destes em zonas rurais.
Pedimos então, a todos desta região, que se estes indivíduos foram avistados, tire uma foto ( contendo data, local, horário do avistamento) e nos envie. Com tudo, contamos com a comunidade local, acadêmicos e funcionários da UEMS para êxito do projeto. Torna-se um colaborador do projeto!
Contato bolsista responsável: (67) 9201-4491 (whatsapp)